Teu poder

Deitas aqui e respira, inspira, teu peito, meu peito

Dentro de ti aquele fogo queima, e pelos olhos vaza

Um fogo que poderia queimar cidades se quisesse

Mas que apenas eu posso ver e provar

Escondes tão bem de todos... Emprisiona sufocado dentro de ti

Afoga em si mesmo o poder, o poder destrutivo que vejo quando me toca

E quando me toca e me mostra

Fico sem ar...

 

Libere, Libere, Grite! Libere

Imploro.

Me afogo e respiro tuas chamas, envolta nelas

Até que me consuma os ossos ao pó

E mesmo assim devolvo a ti

Minha noite sem estrelas

Pra que ela também te sufoque

Você não me vê, apenas escuridão

E tuas chamas acendendo as luzes dela

 

 

Consumiremos o mundo ou um ao outro; Então

E o suor lava a alma como lágrimas do corpo

Pois somos feitos de mais do que carne

Uma carne que não nos aguenta

Uma carne que não suporto

Em meio a escuridão e ao poder que exala

Tuas mãos são a ancora que me segura

Presa ao meu corpo e a você

Mas teu poder me matou

No primeiro beijo...