Minha praia





Não amigas, eu não voltei pra casa, mas... sempre quis saber o que aconteceu com nossa praia depois de abandonada, então... Porque não voltar ao velhos tempos? As velhas fotos... só um pouquinho? Juro que não choro, palavra de escoteira (nunca fui escoteira), ok.... vamos abrir o passado...
ainda há uma praia, óbvio, como desaparecerá o mar? A areia agora escura, quase como suja demais pra caminhar descalça como quando descia as escadas da casa e corria-se direto pra cá, mesmo assim tiro o sapato... O degrau ainda está ai, muito cuidado agora, nunca se sabe o que encontrar.... Não existe mais uma casa, não há nada aqui, apenas o grande espaço que ela costumava ocupar, não há ninguém, nem lembranças, como se nada nunca houvesse, acho que nunca houve. ando onde costumava passar minhas alegrias, fechos os olhos e vejo minhas paredes brancas, a risada infantil de uma menina... a risada meio esganiçada de um adolescente e... não me ouso escutar a risada dele... saio dali e ando pela beirada da praia, lembro de Melissa, por que as lembranças continuam se nada foi real?
 Percebo que nada restou do passado, apenas o barulho do mar, o mar que é real, real no passado e no presente, o mar e a areia são como quem sou, a casa... se fora, fora um momento. O mar fica, as ondas batem solitárias, as vezes calmas, as vezes ferozes. Nada restou. Fim. Ponto final. Pois é meninas, acabou, só o mar sobrou...


By: Eu

Comentários