Tempo



O tempo, a quem tanto já xinguem, com quem tanto já briguei. O tempo a quem realmente devo algum crédito, o tempo que levou os bons momentos, mas que também curou minhas feridas. Me desculpe se contigo brigo tanto, mas sempre fui uma criança mimada, uma menina irritante, que simplesmente só a via as coisas como elas pareciam ser, apesar de sempre tentar enxergar mais longe, como sempre amadurecendo, cresci mais um pouco e talvez esteja deixando de ser essa menina, graças ao tempo...
 O tempo. Nunca gostei dele, pelos motivos aparentes, mas ele... Ele me fez quem sou. Para os amantes o tempo é uma dádiva, para as crianças um nada além da promessa de crescer, para os machucados o tempo é a cura e para todos é uma chance, uma chance de tentar mais uma vez, de rir do que deu muito errado ou  de fazer de novo aquilo que deu certo, bom nem sempre é assim, mas o tempo é uma chance e uma esperança de que os erros cometidos serão modificados, de que ciclos serão quebrados, promessas de que tudo será errado ou que tudo será o certo. O tempo, aquele a quem nunca dei crédito, aquele com que briguei, por retirar-me minhas alegrias e colocou as lembranças no lugar como promessa de melhoras, esse tempo é a única esperança concreta de que as coisas passam, de que as coisas voltam. O tempo é nossas segunda chance e a esperança de algo melhor...

By: Meg

Comentários

Marcos de Sousa disse…
O tempo muda tudo. Cura tudo e não cura nada.
Meg disse…
Fazemos com o tempo aquilo que queremos e ele faz conosco aquilo que escolhemos...