Fim do conto




   Acordei, pensando no que eu iria fazer naquela bela manhã, sentia o sol infiltrando pela janela e eu sabia que devia estar forte lá fora, pensava em levantar e ir à sorveteria, e provar um sabor novo de sorvete, se eu conseguisse tal façanha, mas algo me parecia diferente, estranho, e de alguma forma eu sabia que dia era hoje, o ar parecia diferente e com uma força devastadora tudo me voltou, abri os olhos e vi meu reflexo no espelho da parede, estava em meu quarto, sabia que era segunda estava sozinha em casa, algo me bateu forte e me tirou o fôlego, meus olhos se encheram de lágrimas, não estava no lugar certo, eu tinha que voltar, lembrei-me da viagem de volta, a cada metro que nos distanciávamos ia perdendo a força, ia me subindo a angustia, tudo morria e eu ficava mais perdida, meu quarto estava do jeito que eu o havia deixado um mês atrás, mas não era mais o meu recanto, naquela manha toda as minhas alegrias e a minha paz me deixaram e gritei o mais alto que pude, chorei o máximo que me permitia e mesmo assim era tão pouco perto do que eu tive, aquele dia tudo deixou de ser um conto de fadas, e a minha vida virou uma memória, tudo virou apenas memórias, sombrias num canto chuvoso do mundo, naquele dia quebrei coisas, e meu sufoco me deixou desesperada, me senti um passarinho preso, me senti claustrofóbica, tudo sumiu e fiquei sombria, durante um mês, resisti, e aqui em que eu vivia era apenas passageiro, um pesadelo e eu logo iria acordar para o sol, mas depois de alguns meses, minhas esperanças se esvaíram, e aquilo que eu mais prezava virou um sonho, desde 
então vago a procura de sonhos...

By: Meg

Comentários

Amanda Cristina disse…
Sonhos... Não devemos desistir nunca de buscá-los. O quão longe for, devemos caminhar (e correr, caso preciso seja) e nunca desistir de encontrá-los!

Beijinhos, :*
Amy disse…
Meg, saudades de vc.
Mel disse…
Saudades Meg, te adoro.